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Cinco boas práticas para integrar gestão do conhecimento e inovação

O principal desafio das empresas para 2023 é evoluir nas práticas de gestão daquilo que realmente faz a diferença para o negócio: os ativos intangíveis.

A Impakt Consultoria, empresa que fomenta o desenvolvimento das capacidades organizacionais de gestão do conhecimento, inteligência e inovação para a geração de resultados, aponta que focar em conhecimento e inovação de forma integrada ajuda a acelerar todos os demais objetivos da companhia, qualquer que seja o setor em que ela atua.

“Diversos estudos mostram que os ativos intangíveis e o capital intelectual – fatores como conhecimento, reputação, modelo de gestão e capacidade de inovação – têm contribuição muito maior ao valor de mercado das empresas do que seu capital físico e financeiro”, explica Beto do Valle, fundador e diretor executivo da Impakt Consultoria. “O que mais faz a diferença nos resultados não são as instalações, equipamentos e recursos financeiros, mas sim como a empresa desenvolve e utiliza seu capital intelectual – ou, em outras palavras, como ela aprende e inova”. A afirmação é embasada por informações de mercado, como dados da Standard & Poors sobre os ativos que contribuem para o valor das empresas (em trabalho publicado pela Ocean Tomo).

Valle chama a atenção para o atual momento do mercado, em que a velocidade das mudanças tecnológicas e mercadológicas exige que as empresas aprendam cada vez mais rápido e sejam capazes de inovar continuamente. “Os ativos intangíveis passam a ser a principal fonte de valor nesse contexto”, afirma Valle. “A capacidade de aprender de forma ágil precisa ser combinada com a competência de desenvolver novos conhecimentos e inovar, de modo que conhecimento e inovação impulsionem um ao outro de forma dinâmica”, complementa.

Para que as empresas possam direcionar os ativos intangíveis para a geração de resultados, o executivo relaciona cinco das melhores práticas para integrar gestão do conhecimento e inovação, e assim impulsionar a competitividade:

1. Identifique o papel do conhecimento e da inovação na estratégia do negócio – Quais são os objetivos estratégicos da empresa? Quais deles requerem aprendizagem acelerada, e quais exigem que a empresa tenha atitudes inovadoras? Identificar as contribuições esperadas do capital intelectual é crucial para direcionar os esforços, definir indicadores e gerar resultados concretos. “Essa mudança de perspectiva ajuda a alta administração a enxergar novos desafios e oportunidades”, ressalta Valle.

2. Combine visão estratégica com diversidade: envolva pessoas de várias áreas na definição dos focos prioritários de conhecimento e inovação – Uma vez que a empresa entende que contribuições espera em termos de conhecimento e inovação, é hora de definir prioridades: os conhecimentos críticos a serem trabalhados e as áreas de oportunidade para inovação. Para isso, Valle recomenda a participação de pessoas que tragam diferentes perspectivas do mercado e da empresa: “Fala-se muito em ‘diversidade’, e é aqui que a diversidade humana faz toda a diferença”.

3. Vá além do foco em tecnologia – “Tecnologia é importante, mas não é tudo”, diz o executivo da Impakt. “Ela nos habilita a entregar algo mais. Mas o que é esse ‘algo mais’ que buscamos? A tecnologia só vai nos ajudar se formos capazes de enxergar novas aplicações para ela”. Relacionamento com o cliente, processos internos, novas fontes de receita, experiência do usuário e posicionamento da marca são algumas das muitas dimensões em que é possível aprimorar conhecimentos e desenvolver soluções inovadoras, e o desenvolvimento tecnológico pode ser colocado a serviço delas. “Soluções de inteligência artificial, como o famoso ChatGPT, só serão úteis se você souber com que foco devem ser aplicadas”, complementa.

4. Defina ações claras para acelerar a aprendizagem e impulsionar a inovação nos temas prioritários – Já sabe onde o conhecimento e a inovação podem contribuir, e quais os focos de oportunidade? Agora é hora de ação: definir iniciativas e grupos de trabalho para fazer a gestão do conhecimento e a inovação acontecerem de forma integrada. Quando se trata de um tema dominado pela organização, ela pode direcionar esforços para a inovação e capturar novos aprendizados nesse processo. Segundo Valle, “projetos de pesquisa e desenvolvimento de soluções inovadoras são uma fonte riquíssima de aprendizado estruturado”. Por outro lado, se a motivação for a aprendizagem, “as equipes podem capturar conhecimento interno e externo e inovar na forma de aplicação dos novos conhecimentos gerados”.

5. Integre as atividades de aprendizagem e inovação como parte do dia a dia dos processos da empresa – Toda nova prática pode entusiasmar as pessoas, mas também pode exigir que saiam da zona de conforto. Quando se trata de uma nova forma de lidar com conhecimento e inovação, pode haver resistência à adoção de novas práticas ou uma empolgação de curta duração, seguida pela volta inercial ao modelo tradicional. “Se não quiser uma iniciativa ‘fogo de palha’, a empresa deve desenvolver a gestão do conhecimento e inovação como uma capacidade organizacional, e aproveitar seu potencial de forma crescente”, enfatiza Valle. “Não basta as pessoas aprenderem a gerenciar melhor o conhecimento, a empresa também precisa aprender”. Para isso, o executivo recomenda o método de mudança de Kurt Lewin: descongelar, mudar, recongelar. Ou seja: provocar a mudança com as boas práticas acima e incorporá-las às rotinas para que todos possam adotá-las de forma continuada.

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