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Já se perguntou quem é que toma as suas decisões?

A resposta para o questionamento parece meio óbvia. Todavia, é muito mais complexo do que parece.

Eu escolhi ser Administrador! Meu pai e meu irmão me indicaram o caminho da Tecnologia da Informação. Minha mãe o Direito. Prestei vestibular para o curso de Ciências da Computação. Uma semana antes do início do curso, alterei minha matrícula. Eu decidi cursar Administração!

A história é um pouco mais longa e com uma riqueza maior de detalhes. Porém, o fato importante aqui é a decisão e os resultados advindos da escolha de mudar. Estou bem, obrigado! Escolhi o que se encaixava melhor com meu perfil e procuro me desenvolver diariamente dentro da minha profissão e das atividades que me cabem.

Autoconhecimento para a tomada de decisão é fundamental! No Livro A Arte da Guerra – Sun Tzu menciona que para vencer as batalhas é primordial “conhecer a si mesmo e ao inimigo...”. Quando nos conhecemos de maneira profunda, sabemos quais são nossos Pontos Fortes (diferenciais competitivos), Pontos de Melhoria (no que podemos nos desenvolver para erradicar/minimizar nossa vulnerabilidade), Ameaças (o que vem de fora e pode me atingir) e Oportunidades (o que está acontecendo no mundo que posso utilizar a meu favor). Os quatro pontos acima são utilizados dentro de uma ferramenta estratégica no mundo corporativo, a famosa Análise SWOT ou FOFA (Forças, Fraquezas – não gosto do termo, prefiro focar na solução, como ponto de desenvolvimento -, Oportunidades e Ameaças).

A utilização destes pontos constantes na ferramenta nos ajudam a traçar estratégias a fim de potencializar nossos resultados, sabendo como, onde e quando devemos direcionar nossos esforços para a busca de um objetivo, seja ele pessoal ou profissional.

Autoconhecimento é primordial para a tomada de decisão. Todavia, não é o único fator que deve ser levado em consideração.

Quando tomamos uma decisão, consequentemente algo irá mudar, acontecer. Logo, é de extrema importância vislumbrarmos o que acarretará em nossa vida dali para frente. Tudo tem o lado bom e o lado de aprendizado na vida, ou seja, o ônus e o bônus. Por isso, a consciência é fundamental neste momento. Busque o equilíbrio, pense, pondere e reflita sobre os impactos que sua decisão e posteriormente a ação que irá tomar trará a sua vida. Nelson Mandela dizia que nunca Perdia. Ou Ganhava ou Aprendia! É uma boa reflexão e principalmente, um bom caminho a seguir, pois todo mundo vai errar e acertar na vida, somos seres em constante evolução e faz parte ambos os momentos. A chave da questão é como lidamos com as decisões que tomamos, o valor ao qual damos a certas coisas e como administramos isso dentro de nós.

Note que devemos ser responsáveis pelas decisões que tomamos, pois seremos responsabilizados pelas mesmas, seja interna ou externamente. Eu tenho o poder de tomar as decisões, a não ser que tenho uma arma na cabeça a cada segundo, o que não é o caso da maioria de nós. Ações geram reações. Logo, o resultado gerado é de sua responsabilidade e não de um terceiro.

Pense você que quando alguém toma a decisão de engatar um relacionamento com outra pessoa, ninguém os obrigou a sair, ser amigos, namorar, casar, separar, ter filhos, dentre tantas outras situações que um relacionamento gera. A decisão compete a quem tomou a iniciativa, seja de maneira unilateral ou em consenso. Você pode ou não começar um relacionamento com uma pessoa. A decisão é sua. Dessa forma, terão que aceitar e gerir o resultado de suas ações.

Quando eu aceito trabalhar em uma determinada instituição, ou tomei a decisão de aceitar ou fui procurar a vaga. A partir do momento que eu entro, estou sujeito a “n” variáveis, como feedbacks de correção & reconhecimento, promoção & desligamento, pressão & diversão, dentre tantas outras situações corriqueiras no universo do mercado de trabalho. Porém, há opções. Da mesma maneira que a empresa pode lhe desligar você também pode desligar a empresa da sua vida. A decisão é sua. Você decide se vai se sujeitar as variáveis ou não.

Nos sujeitamos a ambas situações durante a nossa vida, por opção nossa e não de um terceiro. Há exceções à regra como no caso de crianças ou alguém com um tipo de doença grave que dependa do outro. Nessas situações, quem toma a decisão é outra pessoa. No mais, devemos ser ponderados e refletir sobre os resultados que foram gerados a partir de nossas decisões. Aí eu tenho a opção de aceitar ou de mudar os rumos. Ou seja, tomarei uma nova decisão e virão outras consequências por aí. No final das contas, tomar a decisão provoca uma nova situação, não há um fim. São ciclos na vida, um se fecha e o outro se abre.

Tudo muda. A vida é uma constante mudança. A única certeza da vida é a mudança. Os Vingadores encerraram um ciclo com essa equipe do último filme Ultimato. Vem uma nova equipe por aí. Saí de Baixo alterou seu elenco algumas vezes. Game of Thrones e The Big Bang Theory tiveram o seu final. Há reestruturação e evolução em tudo. Coisas novas aparecem e talvez entenderemos somente lá na frente o seu significado.

Nos dias atuais então, nosso cérebro não consegue acompanhar a velocidade das mudanças, pois não estava preparado para tal. Aí vêm as angústias, medo, estresse e tantos outros sintomas dos quais queremos distância, entretanto, não temos conseguido evitar. Talvez a saída seja separar o Essencial do Fundamental. O Essencial é aquilo que não pode nos faltar para uma vida plena, o que dou mais valor, tem a ver com princípios. Sendo assim, a família, amigos, namorada, esposa, filhos, saúde, felicidade e assim por diante. Já o Fundamental é o que nos dá a oportunidade de termos o Essencial, como por exemplo, a necessidade de trabalharmos para viajarmos, comprarmos um bom carro e uma boa casa, roupas, sair com a namorada, esposa, filhos, pais, amigos e assim por diante. O Fundamental está internamente ligado ao Essencial em nossas vidas.

Não podemos ter tudo. Temos de fazer opções. Tomar decisões. Isso traz consequências e impactos na vida das pessoas que nos cercam. Precisamos refletir e nos responsabilizarmos pelos caminhos que seguimos. Não é fácil. Mas é necessário.

Autor(a): Luiz Smargiassi
Fonte: Administradores

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