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Contabilidade fiscal: saiba como aplicar em uma empresa

A contabilidade fiscal se trata de uma das áreas da ciência contábil que precisa ser implementada por qualquer tipo de empresa, independentemente do seu porte e ramo de atuação, com a finalidade de aprimorar o gerenciamento dos tributos de uma companhia.

Dessa forma, é possível garantir o cumprimento adequado das obrigações impostas pela legislação, como o envio de informações tributárias, pagamentos de tributos, bem como manter o negócio regular perante o Fisco.

Quer entender os benefícios da contabilidade fiscal e como ela pode ser aplicada?

Quais são as vantagens de uma boa contabilidade fiscal?

Existem várias funções realizadas por esse ramo dos serviços contábeis, como:

- apuração e emissão de guias para o pagamento de impostos no âmbito federal, estadual e municipal;
- escrituração ou registro de notas fiscais;
- planejamento tributário;
- envio de obrigações acessórias para os órgãos responsáveis, como o SPED;
- consultoria e assessoria para questões fiscais.

Como a contabilidade fiscal pode ser incorporada nas empresas?

Algumas práticas precisam ser adotadas para que a contabilidade fiscal ocorre de forma efetiva. Conheça algumas delas.

Defina o regime tributário adequado

A escolha certa do regime tributário é essencial para a identificação das alíquotas e impostos na qual a empresa ficará submetida, de modo que o faturamento vai estabelecer a tributação.

Um conjunto de características precisam ser avaliadas nesse momento, como atividade exercida e porte. Por esse motivo, é necessário que sejam avaliadas por um profissional qualificado. Esse cuidado vai impedir o pagamento de impostos de forma errada ou desnecessária.

Entre os regimes a serem escolhidos estão: Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido. Essa escolhe pode ser alterada todo ano, no entanto, deve ser realizada do mês de novembro para o enquadramento no novo regime no ano seguinte. Por este motivo, o ideal é que a situação da empresa seja avaliada periodicamente para compreender se a troca é necessária.

Tenha cuidado para cumprir todas as obrigações acessórias

Para uma organização estar completamente regular e poder exercer suas atividades legalmente, é preciso que ela cumpra diversas obrigações acessórias. Entre as informações que devem ser enviadas ao governo estão:

- Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS);
- Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA);
- Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS);
- Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF);
- Escrituração Contábil Fiscal (ECF);
- Escrituração Contábil Digital (ECD), entre outros.

Dessa forma, ocorre a autodeclaração da companhia sobre a receita efetivada, impostos apurados, além de questões trabalhistas em que são apontados dados sobre a movimentação dos colaboradores na folha de pagamento e encargos gerados sobre as remunerações pagas. Também existem obrigações acessórias ligadas notadamente à atividade econômica da instituição.

Mantenha o calendário de impostos estruturado

Ter um calendário de pagamento de impostos atualizado é fundamental para não correr o risco de esquecer alguma e prejudicar o bom funcionamento do negócio. Se a empresa estiver enquadrada no Simples Nacional, deverá pagar uma guia única mensal — Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) —, que unifica todos os impostos.

Agora, se for enquadrada nos outros tipos de regime, deverá pagar diversas guias de impostos com datas de vencimento diferentes, já que os impostos como ISS (Imposto Sobre Serviços), PIS (Programa de Integração Social), CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), deverão ser pagos separadamente. Nesse caso, o controle é primordial.

Elabore um planejamento financeiro e de gestão fiscal

O planejamento financeiro é muito importante para projetar a estratégia de finanças da empresa. O ideal é que esse planejamento seja realizado antes mesmo do início do funcionamento do negócio, mas caso isso não aconteça, é possível fazer a qualquer momento. É fundamental deixar todas as contas organizadas.

Para que isso seja feito, é necessário ter o controle das transações da empresa e todos os documentos relevantes precisam ser documentados e armazenados. A partir daí, será possível projetar objetivos e metas com base em números reais e precisos, tendo em vista que as finanças influenciam diretamente na contabilidade da companhia.

O planejamento de gestão fiscal, por outro lado, vai reconhecer quais são os encargos tributários envolvidos no processo, a quantidade de reserva que será necessária para contornar possíveis problemas e demais ações que podem contribuir para o futuro do negócio.

Aproveite os benefícios fiscais em prol da empresa

Caso o governo tenha projetos e propicie isenção para as atividades desenvolvidas pela empresa, desde que cumpra os requisitos estabelecidos, é importante buscar uma forma de aproveitar essas vantagens. Mesmo que pareça que os incentivos fiscais tenham pouco impacto no equilíbrio financeiro do negócio, eles podem contribuir muito para o desenvolvimento da empresa em pouco tempo.

Conte com o auxílio da tecnologia

Por meio de um software próprio para o gerenciamento fiscal, é possível integrar os dados e processos da empresa de forma prática e intuitiva e, por este motivo, tem se tornando tão presente na contabilidade fiscal.

Com ele, o responsável pela função consegue otimizar o tempo e fazer as escriturações com muito mais qualidade. Dessa forma, aliado ao conhecimento adequado da legislação, fica mais fácil garantir a segurança na prestação dos dados, além do dinamismo na rotina da organização.

Realize auditorias e consultorias

Como a legislação tributária brasileira é muito complexa e sofre alterações frequentes, fica difícil para o empreendedor e gestores acompanharem todas as atualizações do processo de tributação, normas de impostos e novas determinações para o cumprimento das obrigações acessórias.

Nesse contexto, é importante a realização de auditorias que sejam capazes de encontrar erros nos procedimentos de gerenciamento ou de tributação, bem como fazer consultorias com a finalidade de mostrar os melhores caminhos a serem seguidos.

Fonte: J.F Granja contabilidade

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